Todos os dias Teodoro
levantava-se cedo para dar de comer a toda bicharada que tinha em casa. Ele
contava com dois periquitos, um canário, um papagaio de nome Louro, uma gata
chamada Pipoca, tão afável que não fazia mal a uma mosca. Tinha também um pardal,
um ratinho branco apelidado de Zico, duas tartarugas, um esquilo chamado
Biscoito e um coelho de sua graça Tito. Com efeito, poucos animais faltavam
para fazer da sua casa a bíblica arca de Noé e muito em breve estaria para
chegar um novo inquilino. É, Teodoro tinha uma coração de ouro e os animais
eram a sua única companhia.
Aos
26 anos, a sua mãe tinha partido para outro mundo e o pai partira para a tasca
mais próxima era ele ainda criança, e nunca mais voltara. Sabe Deus onde estará
o desgraçado nos dias de hoje, certamente bêbado. No entanto, antes
de a sua Mãe ter visto a luz divina inteirou-se que o seu descendente jamais
dormiria na rua, assegurando-lhe um teto neste caso a escritura da casa.
El Patronito o Ardina
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