sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Era uma vez

Era uma vez um terra deveras distante. Uma terra onde só fazia chuva. Todos os dias as pessoas saíam de gabardina e galochas para a rua, o sol não brilhava. Apenas chovia, fosse muito ou pouco, chovia constantemente. No entanto esse facto não impedia as pessoas de sorrirem, pois divertiam-se a sua maneira. Os desfiles de moda de Inverno, as galochas as gabardinas os chapéus. Havia também os desportos como o salto ao charco e o "desvia-te" (ainda não percebi bem a ideia do jogo) o Ski na lama, e a grande batalha de bolas de lama - que ocorria todos os anos - entre outros variados desportos de lama. Havia no entanto uma menina que não apreciava a chuva mas sim o sol, ou seja gostava também de ver o sol sabendo mesmo que a chuva é essencial. A moçoila era tão bonita e tão esbelta, mas raramente saia de casa. A chuva então propôs ao sol:"anda brincar cá pra fora tu também cabeçudo, tas sempre metido atrás da lua.” O sol desinibiu-se e lentamente começou a brilhar, foi nesse instante em que a menina correu escadaria abaixo, abriu a porta da rua e finalmente veio cá para fora. Passeou e brincou pelo jardim, comeu gelado e andou de barquinho a remos pelo rio. Estava feliz, a partir dessa altura é que o sol e a chuva combinaram um período para se pavonearem, e as outras pessoas que fizeram? Em vez de esqui da lama jogaram futebol, volei, apanharam banhos de sol e sempre, mas sempre a sorrir, de tal forma que até o vento e a neve apareceram. Mas cada um a seu tempo. Chamavam-lhes, as estações do ano. Sinceramente não é o ambiente que faz o ser humano sorrir mas sim o ser humano que faz sorri o ambiente. Ora pois que há quem goste do sol e quem goste da chuva. Eu pessoalmente gosto dos dois mas o poeta diz que tem mais apreço pela chuva. Vá-se lá saber.

El PAtronito o Ardina

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Hey Johnny. Play the Train.

Lembrei-me, á cerca daquela história da harmónica. Se recuarem um pouco nos post puderam verificar. Pois bem, lembrei-me quando o meu pai nas suas viagens, já tocava bastante bem o seu instrumento tocava de tudo mas as pessoas queriam o que ele fazia de melhor. Costumavam insistir "Alfredo faz o comboio" "O comboio, sim, o comboio" “Toca ai o comboio” "Apita lá a locomotiva". Sim o meu pai fazia-o… como ninguém. Simulava numa melodia um comboio a vapor deveras veloz. Parecia até que se viaja de comboio em vez de se navegar num barco. Geralmente, como acontecia-a, se alguém o acompanha-se, podia ficar horas a fazer aquilo ate quase ficar sem fôlego, de tanto simular o comboio. Sim o meu pai fazia-o como ninguém, com a sua harmónica tão reluzente agora como quando nova. O mais engraçado é que marinheiros estrangeiros que se lhe atravessavam no caminho não sabiam o nome dele e quando nao sabiam o nome de alguém tratavam sempre por Jhon, como queriam ouvir a sua melodia prodigiosa, costumavam gritar ao meu pai. " Hey Jhonny… Play the Train" e lá começava ele a apitar o comboio. Era simplesmente incrível e era assim que ele e os colegas animavam o ambiente daquele barco. Ele fazia-o como ninguém, e sabem que mais? De cada vez que tocava parecia que o fazia ainda melhor.


Vá não se acanhem.
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Um Bem Haja Terry Mcmillan

Extra, Extra - O Comboio chegou a estação - Extra. Extra.
El Patronito o Ardina

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

The Snow Globe

Há quem tenha. Eu pessoalmente não me encontro com nenhum, ando na aquisição, mas ainda não encontrei nenhum. Gostava até de ter, um globo de neve, daqueles que seja o que estiver lá dentro, agita-se e a neve cai suavemente durante alguns minutos (segundos para ser mais preciso), E durante esses segundos, sonhamos com um mundo melhor e com uma vida melhor também. Porque associamos a neve ao natal, e natal á época de boas ações e consequentes milagres.

Existem vários Globos de Neve. Os religiosos, os natalícios, com bonecos de neve, uns com simpáticas figuras de animais; bem, há de todo o tipo. O casal agasalhado patinando no gelo, o garimpeiro numa montanha de klondike escavacando a sua fortuna, e o mais triste: A guerra - sim também havia um desses, da guerra – em que a neve era cinzenta desprovida de cor, brilho e alegria, caindo sobre os tanques, trincheiras e os capacetes dos soldados magros. Foram os que me impressionaram mais, embora sendo valiosas peças de arte.


The soldiers keep going on. Somebody have to stop them. It’s not their fault. Those fat burocrats need a rebel on their problems.

El Patronito o Ardina.