sábado, 13 de fevereiro de 2010

May you build a ladder to the stars


May God bless and keep you always
May your wishes all come true
May you always do for others
And let others do for you
May you build a ladder to the stars
And climb on every rung
And may you stay forever young
May you stay forever young.

May you grow up to be righteous
May you grow up to be true
May you always know the truth
And see the lights surrounding you
May you always be courageous
Stand upright and be strong
And may you stay forever young
May you stay forever young.

May your hands always be busy
May your feet always be swift
May you have a strong foundation
When the winds of changes shift
May your heart always be joyful
May your song always be sung
And may you stay forever young
May you stay forever young.

(B. Dylan)

Esta foi tirada por mim. Incrivel não é? A sensação de leveza que ela transmite; de serenidade, de beleza, de todos os ajdectivos sinonimos de apaziguador. Adoro esta foto! Podia ficar um bom par de horas, só a olhar para ela.
Que ela vos embale a alma, tanto quanto afaga a minha.

El Patronito o Ardina

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Dont go!

De 23 para 24, a noite, ofereceu-me uma panóplia de pesadelos. Pensei: “Começo bem a véspera de Natal”. Sonhei com muita coisa que me fez acordar e adormecer novamente mas o pior deles foi este: Estava a sair do emprego quando vi o Shane Macgoan com a sua bebedeira usual a cantar na praceta. “Adoro o Shane” comentei eu com os meus botões “vou-lhe pedir um autografo” magiquei eu. Tentei correr para ele enquanto ele mandava umas asneiradas porque o público não estava a reagir, dos ouvintes que lá estavam, ninguém ligou ao génio do Shane; era de presumir que pensassem que ele estaria acabado… Nunca! Não o Shane, ele nunca, mas no entanto, embora parecesse que estava perto de onde ele cantava parecia contrariamente bastante longe e corria como nunca corri. Olhei novamente e vi que ele arrumava as coisas enquanto corria que nem um doido.
Pois corri ainda mais; corria nunca corri, chorava como nunca chorei, já estava perto mas nunca estando perto e gritava também como nunca gritei, rouco, a chorar e ofegante: “Shane dont go” “Shane please, dont go, wait a moment please” “Oh God… please Shane dont go”. Posso garantir, caro leitor, que não consegue imaginar o meu desespero naquele momento enquanto corria enquanto chorava e enquanto gritava. Shane Macgoan arrumava a sua voz enquanto os outros arrumavam o banjo, a guitarra, o acordeão, a gaita-de-beiços, o tamborim entre outras tantas coisas que arrumaram depois de executarem um singelo concerto mal sucedido e mal apreciado, mas este miúdo… este miúdo adora o Shane. Bêbado ou sóbrio, ele adora o Shane.
Poucas pessoas estavam lá a ouvi-lo, posso dizer que nem sequer contaria 20; ninguém aplaudia, ninguém cantarolava, ninguém sequer vaiava Shane e eu que corria mais rápido que uma locomotiva, chorava mais lágrimas que o Niágara e gritava mais alto que 1000 homens, ele a mim não me ouvia.
Ao público que inertemente o ouvia, ele só bradava: ”Fuck off. Fucking bastards, FUCK YOU” e eu, que só lhe queria um autógrafo, ver-lhe a cara; nem conseguia lá chegar, porque este miúdo adora o Shane… simplesmente adora o Shane. Enfim, ele arrumou as coisas e já estavam todos de saída, foi ai que cheguei àquela multidão – se é que se poderá chamar àquele aglomerado de multidão – de 20 pessoas, mas mais um contratempo se impôs; Shane Macgoan já estava a por as coisas na carrinha. Eu, sem pensar, fui direito ao carro, limpando as lágrimas que me caiam dos olhos e se acumulavam no maxilar inferior com a manga, continuava a gritar: “Com’on shane don’t go please”. Chorava como se não houvesse amanha, só queria um autógrafo e talvez ver-lhe a cara, mas ele não parou, continuava a dizer asneiras como sempre fez, vaiava o público como sempre fez, chamava nomes e praguejava asneiras vezes e vezes sem conta como sempre fez, enquanto entrava dentro do carro. Ainda toquei no carro, bati no vidro, mas não parava de gritar: “Shane please”
Enquanto lhe via a cara no vidro do carro, corri mais rápido e pus me à frente do carro que parou por instantes, eu continuava a chorar enquanto o carro parou. Eu só queria um autografo. Mas o carro desviou-se e continuou o seu caminho. Pus as mãos a cara e praguejei: “ Fuck no Shane fuck no. Why Shane? Why? Why did you go Shane. Shane! Shane Mac”fucking”goan ”. Chorei durante mais 3 minutos, sensivelmente, e então acordei suado. Pus um álbum do Shane mMacgoawn a tocar - um de todos os álbuns que lá tenho - só para saber que ele estava lá, na minha prateleira.
Não recebi o autógrafo do Shane mas este miúdo continua a adorar o Shane Macgoawn.

É de facto um sonho um pouco estúpido, talvez alguém me consiga explicar o que significa. Mas entretanto se acharem mesmo, realmente estúpido, esta pequena história, compenso-vos na próxima crónica.

Um enorme bem-haja

El Patronito o Ardina