Esperei a noite inteira, ao frio, de poucas vestes, no inverno, no cimo de um telhado acompanhado de telhas, por cima dos telhados das casas da alameda, sozinho, só para ver 7 minutos de crepúsculo. O nascer do sol, o nascer de um novo dia, mais um dia que pode vir a ser bom o mau, conforme. Geralmente têm sido rotineiros embora um pouco mais coloridos. Que bonito foi o nascer do sol naquele dia, tal como o é todos os dias. Que bonito foi, no dia anterior, há duas semanas a trás, em sítios diferentes ou semelhantes. É sempre diferente é sempre ele que vai determinar como correrá o dia, se acordamos contentes ou desanimados, alegres ou infelizes, com chuva ou sem chuva, com nevoeiro, nuvens ou coberto. Esses 7 minutos são importantes e ainda há quem espere uma noite inteira, sozinho, acompanhado, bêbado, sóbrio, alegre ou triste, so para ver esses 7 minutos de crepúsculo; o rebentar dos primeiros raios de sol. Este foi bonito como é sempre mas parece-me que novamente não sorriu como estava a espera. Mas valeu a pena esperar como vale sempre a pena. Porque naquele dia foi porreiro, um dia sem dúvida há-de ser perfeito.Ps. Por hora não possuo material para poder "postar" regularmente, vou vivendo da caridade de outros, pois que não se admirem que hajam poucas crónicas. No entanto não desapareci e aguardem por crónicas bem mais castiças. Resta apenas dizer que enquanto olhava o amanhecer nada me ocorria para escrever. Mas dada a ocasião - neste momento- escassa de me encontrar conectado pensei: "Vou-lhes contemplar com o amanhecer. Eles merecem." E assim decidi escrever esta pequena alegria agradecendo desde já ao generoso proprietário deste equipamento que se encontrava a dormir quando a escrevi.
El Patronito o Ardina.
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