quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Podia até já...

Dei por mim nesta noite, a ouvir músicas de natal. Apenas no natal é que tudo aparenta uma alegria momentânea. Momentânea mas real; mais real que a que se vê utopicamente em todo o ano.
Mas para mim o espírito veio mais cedo. Talvez o Natal seja mais real para quem o anseia. Não pelos presentes, mas sim pelo espírito; real, feliz, alegre e consciente de que muitos cantos do mundo não terão a mesma felicidade que estarei a ter no natal ou em qualquer outro dia do ano.
Sendo assim, afectado por esta época, dei por mim a escrever uma história sobre o natal. Simplesmente deu-me para escrever uma história. Não interessa sobre o que? Descrevi a neve, os cânticos, as tradições, o espírito, entre outras mil coisas características do natal. Nesta noite, as 4h da madrugada, dei por mim a festejar antes de tempo. Dei por mim a relembrar-me a por as bolas na árvore e a minha mãe com a sua habilidade intuitiva, a fazer um deslumbrante presépio. Dei por mim a brincar com o cão; a lembrar-me de ter uma família que se junta todos os anos - inclusive o cão. Dei por mim a relembrar todos os natais em que desejei um mundo melhor, depois de longos anos, a pensar que matutar o que seriam as prendas, era mais importante. Dei por mim…. Ahhhhhhhhhhhh! Suspirando por outros natais passados. Dei por mim extasiado, com a vontade de ir á rua de gorro posto, gritar: Feliz Natal ao mundo, a um 27 de Outubro, mesmo parecendo louco. Dei por mim a desejar que nevasse. Dei por mim a ouvir músicas de natal no verão de são Martinho e a organizar uma compilação de músicas de natalícias de todo o género; punk, clássica, rock, blues, tradicional e coro de miúdos com voz de anjo. Dei por mim a pensar em mais histórias de natal, tão belas ou mais, que o divino conto de natal de Dickens. Dei por mim a imaginar-me num trenó e a distribuir prendas por este gigante mundo inteiro. Dei por mim a beijar a garrafa de Porto " do Messias" e a beber pequenos cálices ate ficar bêbedo, dei por mim a relembrar velhos filmes alusivos á época, que havia por ai, eram 2...3…4. Não, eram 20...mais até... Eram muitos…dezenas deles todos com a mesma mensagem. Todos com a mesma moral FELIZ NATAL MINHA GENTE. Dei por mim, eufórico, a estudar o primeiro dia deste ano em que as pessoas iriam desejar feliz natal. Dei por mim a sonhar que todos os sem-abrigo tivessem um tecto, uma sopa, um peru... Porque não uma refeição inteira que pudessem comer á vontade, sem terem que pensar onde vão dormir naquela noite. Dei por mim a sonhar com todos os animaizinhos abandonados e a desejar que todos eles tivessem um lar, dei por mim a imaginar-me numa história estilo Ebenezer Scrooge. Estava tão eufórico, tanto… tanto. "Hiennnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn" suspirei, embaciando o vidro da janela enquanto ansiava a chegada.

Não sei... Podia até já ser natal? Podia ser Natal o Ano inteiro.

Sendo assim um grande feliz natal

O Poeta

Poeta andas me a monopolizar o jornal. Mas mereces. Um feliz Natal para ti tambem.

El patrinto o Ardina

2 comentários:

Anónimo disse...

O teu estilo é inconfundivel pois é teu como o teu sangue. E porque que o sangue corre? Para viver. Ler-te é ouvir um amigo a falar.
Dá noticias

El Patronito o Ardina disse...

E quem é o anómino que solicita noticias do Ardina? Porque adorava dá-las ao mundo inteiro, dizendo que sou feliz; que concretizei algo, que mesmo tendo pouco sinto-me o Rei do mundo. Mas infelizmente não é assim, não sou feliz e nem concretizei nada, não sou rei do mundo e nem me sinto vencedor neste momento. Talvez por isso não queira que as pessoas me vejam assim; resguardo-me. Tambem por isso todos me comparam a uma ostra, cujo a concha; tão dura quanto o titanio protege um singelo coração de ouro. Um dia passará.

El APtronito o Ardina