quinta-feira, 20 de setembro de 2007

setembro

Setembro, meu sombrio
contigo trazes o frio
deixaste fugir o verão
sem sequer lhe apertares a mão
agora assim do nada
apareces com o frio
essa alma desdenhada
que passa a vida num rodopio.
Deixaste-me em casa a escrever,
nevaste sobre o rossio
ai, ninguem te consegue demover
dessa tarefa sem olhar á dor
que nos trazes rocquidão
e passar o frio sem rancor
até chegar o proximo verão
com isso trazes poetas
artistas e marionetas
sonhado com o estio
que nunca chega depressa.
Imagino um quentinho
até terminares essa pesada tarefa
e num sonho escrevi este poema
traçado na minha fria solidão.

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